Cabala é uma palavra hebraica que
significa “lugar elevado” e designa, também, aspectos secretos de uma doutrina
– Ka , em egípcio, é espírito e Ba a alma.
Vinda
de três regiões distintas (Índia, Caldéia e Egito) a cabala Hebraica serviu
como base ao monoteísmo do judaísmo, do cristianismo e do muçulmanismo. A
cabala Hebraica se divide em sete partes, tendo como época mais influente a Idade
Média, em que judeus de diversas nacionalidades a estudaram, buscando a origem
do Universo e do Homem e o conhecimento da Divindade.
No
século XIX, estudiosos não-judeus adotam a cabala Esotérica, colocando-a em
comparação com outras correntes filosóficas e religiosas, buscando mostrar que,
no fundo, tudo é igual e conduz à mesma finalidade, cada um dentro de sua
revelação particular.
Na
nossa Corrente, designamos como cabala um local de concentração de forças de
determinada natureza, que irradia e se expande para a realização de um
trabalho. No Vale do Amanhecer existem várias cabalas - Estrela Candente,
Cassandras, Turigano, etc. A
Autorização, por exemplo, é uma Cabala de Pai João de Enoque e de Pai Zé Pedro.
Tanto
Jesus como Pai Seta Branca possuem suas cabalas, pontos etéricos onde são
manipuladas energias de diversas origens. Os Oráculos são também cabalas, que
emitem suas forças na projeção de seus raios ou raízes (*).
·
“Conhecendo bem as leis e as
forças da Cabala, às vezes nos admiramos tanto, porque certos homens, que
tiveram a graça de ser inteligentes, preferiram, no entanto, viver com suas
armas presas nos estreitos limites do corpo humano, resistindo até mesmo aos
esforços dos Poderes Superiores. O medo do ridículo, provocado pelo orgulho!...
Não sabe o Homem que seria mais inteligente se aprofundar para criar!...
(Humarram, out/62)
·
“Cabala é o leito das forças
decrescentes místicas. O mestre, quando tem consciência de suas forças, tem
condições de fazer grandes trabalhos.
Num trabalho de Cabala, na hora em que o mestre faz a oferta de suas heranças,
as forças vão chegando e o envolvendo, indo de uma extremidade a outra da
Cabala, como se fosse um véu, envolvendo as forças decrescentes. Quando nos
referimos às forças da Cabala estamos nos referindo às forças, aos poderes
superiores. As forças da Cabala são transmitidas por vibrações. Um trabalho na
Cabala é a Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo. Devemos encarar um trabalho de
Cabala com muita segurança, pois ali é a divisão do Bem e do Mal, a Lei
Crística. O mestre tem que ser firme como a rocha: ali é a decisão, ali não
pode haver piedade, ali é a razão, é distinguir o verdadeiro do falso e isso só
é possível aos homens conscientes de suas forças. Não há meio termo - é a
decisão. Não pode vacilar! Aliás, não podemos vacilar em nenhum trabalho, senão
nos prejudicamos e prejudicamos quem depende de nós. Não poderíamos ter os
Sandays sem a Cabala, porque após a Cabala é que nos foram sendo transferidas
as heranças. A Elipse continua transferindo as nossas heranças.” (Trino Araken,
25.4.80)
·
“Por que as forças de Deus
não impediram a guerra e a força da Cabala impede a guerra?
Sim, filho, porque o Homem preso não pode alcançar um plano
superior de desenvolvimento espiritual. Tudo o que possuímos, pelo que somos
pessoalmente responsáveis, é a nossa alma. E esta lei, filho, é baseada no fato
de que toda a matéria, todas as forças, os oceanos, a Terra, o Sol e a Lua
foram criados por Deus.
O Homem não pode criar ou destruir a matéria. Nem pode criar ou
destruir em vão! Sua força, sua energia, Deus criou, filho, para a felicidade
individual do Homem e para o Homem, com o dever de transmutação se o Homem não
fosse contrário à Cabala.
Sim, o poder cabalístico é que nos dá a faculdade de extrair a
nossa energia. A Estrela Candente é cabalística, e nela nos libertamos.
Libertamo-nos porque emitimos a nossa energia, e este ritual cabalístico nos
conduz o poder das Amacês e das Cassandras. (...)
Vamos pensar o que é um trabalho cabalístico. Cabalístico é trabalho
de Cabala, trabalho de ritual, de gestos e cantos. A Elevação do Doutrinador é
um ponto cabalístico.
Quero deixar bem claro que me refiro à Cabala de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Não temos outra porque, filho, todo o encanto de nossa Magia existe somente
enquanto pensamos no Bem, concentrado nas três palavras: humildade, tolerância
e amor. Se sairmos dessas palavras, nada temos.
A Estrela, com sua poderosa luz, paga o preço de sua Amacê, na
responsabilidade de um ritual cabalístico que implica a força extraída de uma
jornada no horário e da emissão de seus Comandantes.
A jornada é o desenvolvimento do plexo na formação de uma seqüência
com o Comandante na cabine; faz-se a preparação, o envolvimento com as Sereias
e com o Povo de Cachoeira, mais uma jornada que é a revisão final; e, por
último, os Esquifes, os Tronos, que são o resultado da cultura geral.
O poder cabalístico não é tão fácil como pensamos: dispõe de uma
raiz. Nós temos ao nosso alcance, pelo menos, três raízes. E já estamos na
quinta! Então, filho, se as temos, é pela nossa responsabilidade na Lei do
Auxílio. (...)
O mundo inteiro - ou todos os Homens do mundo - não conseguem o que
SETE Homens na força cabalística podem fazer! E, no Vale do Amanhecer, tudo é
cabalístico. Por conseguinte, tudo é possível aqui. As energias chegadas da
Quinta Raiz do Continente Ariano fluem da Idade do Ouro.
Filho, deves lembrar sempre que, se puderes, deves aprender a
compreender e a usar a tua força, se conscientizar de tuas influências desde os
planos sutis.
Sim, filho, conseguir uma consciência mais profunda, sentir o
despertar de sempre novas ativações de correntes nervosas habitualmente
inativas; internamente tomar consciência
do corpo para poder desligar-se dele, permitindo esquecê-lo e, assim, sentir-se
em perfeita liberdade de ação, as funções que te são próprias.” (Tia Neiva, 19.9.80)
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